Educação financeira, finanças pessoais, usar o dinheiro de forma inteligente. Com certeza, você escuta bastante esses termos hoje em dia, mas e quando era criança? Alguém falou sobre guardar dinheiro ou economizar com você? Os anos se passaram e o conhecimento, ao se tornar mais acessível, permitiu que muitos adultos, que não receberam esse ensinamento dos pais, pudessem passar para os seus filhos.
Elaine Cristina Soares, coordenadora do Fundamental I da Unidade Taquaral do Colégio e Curso Oficina do Estudante, explicou que abordar Educação Financeira para os alunos dos anos iniciais está muito além da lógica de planejamento monetário, já que as crianças entre 5 a 10 anos estão desenvolvendo noções básicas de autocuidado; habilidades de liderança, comportamentos saudáveis, autonomia e responsabilidade.
“Na Oficina, temos a disciplina Orientação Profissional, Empregabilidade e Empreendedorismo (OPEE), onde estes aspectos são continuamente desenvolvidos, marca o desenvolvimento dessas habilidades, como alicerce, para se pensar em Educação Financeira e está centrado na ideia de que saúde econômica e mental devem caminhar juntos; pois dinheiro e emoções possuem relações íntimas (realizações/stress; hábitos saudáveis de vida/hábitos desajustados)”, explicou a coordenadora.
“Ao longo dos anos escolares, a criança passa a compreender que é por meio do trabalho que se tem acesso ao dinheiro.”
Elaine Cristina Soares, coordenadora do Fundamental I do Colégio Oficina do Estudante
Os pais podem trabalhar com a mesada (aliada a alguma atividade que faça parte da organização da casa). “Caberá ao adulto ajudar a criança a trabalhar com este recurso de modo equilibrado, controlar entradas e saídas, levar em consideração os desejos (necessidade de poupar) e a perspectiva de tempo. Sem esquecer de ponderar os aspectos éticos e ambientais; evitando o consumismo.”, finaliza.
Formas de ensinar as crianças sobre esse tema
Esse valor mensal irá ajudar a trabalhar com diversas técnicas da educação financeira, como:
- criação da primeira poupança: guardar parte do valor para comprar algo de maior valor
- controle de gastos: se gastar todo o dinheiro no primeiro dia, irá passar os outros 29 sem
- autonomia e senso de responsabilidade: a própria criança vai decidir o que fazer com o dinheiro, mas precisará saber como lidar com os resultados das escolhas;
- diferença entre “quero e preciso”: não temos tudo que queremos por uma questão de prioridade e, para as crianças, deve ser assim também
- importância do trabalho e o valor do dinheiro: quanto tempo você precisa trabalhar para comprar algo que quer muito? Essa conta vale para as crianças também. Assim elas irão entender o quanto os pais trabalham para pagar determinado presente.
Dica
“Palavra convence, exemplo arrasta”, frase do pensador e filósofo chinês Confúcio, faz muito sentido nesse contexto, afinal, os pais podem enumerar uma série de motivos para economizar, controlar os gastos e poupar dinheiro para o futuro dos filhos. Qualquer atitude relacionada não irá adiantar, se eles praticarem o inverso, afinal os filhos, principalmente, crianças são direcionadas pelo exemplo.