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Investidor está mais disposto a diversificar carteira, mostra pesquisa da B3

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A maior parte dos investidores brasileiros está disposta a ter a carteira mais diversificada. De acordo com a pesquisa inédita “O Brasil que Investe”, realizada pela B3 em parceria com o instituto Bridge Research – member da HSR, maior empresa independente de pesquisa de mercado da América Latina, seis dos nove perfis de investidores mapeados têm a intenção de ter novos ativos em seus portfólios.

Para o levantamento, foram entrevistados 2.614 brasileiros com 18 anos ou mais, de todas as regiões do país, das classes A, B e C com algum tipo de investimento, tanto em renda fixa quanto em renda variável. A coleta de informações ocorreu entre 13 de setembro e 25 de outubro de 2023. O grau de confiabilidade do levantamento é de 95%.

+ Confira a pesquisa completano link

A pesquisa identificou nove perfis de investidores, distribuídos da seguinte forma: Foco em Previsibilidade (43% dos entrevistados), Minha Conta É Meu Investimento (21%), De Portfólio Montado (16%), Fundos Imobiliários (9%), Sofisticado nos Investimentos (4%), Em Busca do Tesouro (3%), Experimentando a Bolsa (2%), Swing Trader (1%) e Day Trader (1%).

O estudo revela que o perfil “foco em previsibilidade” possui 57% de pessoas abertas a novas oportunidades de investimentos; 34% dizem que talvez estejam dispostas; 9% afirmam que não estão.

No grupo que criou suas próprias carteiras de investimentos, chamado no levantamento de “portfólio montado”, 60% das pessoas disseram que estão abertas a explorar novas oportunidades de investimentos; 29% declararam que talvez estejam e 11% responderam que não estão.

Dentro do perfil “sofisticados nos investimentos”, 59% mencionam rentabilidade como o principal critério na escolha do investimento. Do total, 99% declaram que já diversificaram investimentos e 66% planejam aportes mensais. Entre todos os perfis, esse é o que tem o maior percentual de pessoas que mantém a estratégia de diversificação (77%).

Investidores que aplicam pelo menos 75% do patrimônio no Tesouro Direto somam 3% da pesquisa “O Brasil que Investe”. Uma estratégia comum dessas pessoas é acumular recursos no Tesouro Direto e em seguida investi-los em ativos diferentes. A diversificação está no horizonte da maioria dos que integram o grupo: 50% estão dispostos a investir em outras aplicações, desde que sejam consideradas seguras; 43% talvez estejam e 7% não estão.

Na sequência está o perfil “experimentando a bolsa”. O interesse por investimentos é motivado por independência financeira (26%) e pela aposentadoria (24%). Novos investimentos estão no horizonte de 54% dos investidores que formam este grupo; 33% dizem avaliar a possibilidade; 13% contam que não estão.

Os investidores “swing trades” são as pessoas que realizam operações de curto ou médio prazo. As operações de compra e venda possuem um intervalo de poucos dias ou semanas. O foco está em ganhos rápidos, apesar de evitarem operações realizadas no mesmo dia. Esta categoria de investidores valoriza a liquidez: 95% declaram que essa característica é importante ou muito importante. Essa percepção ajuda a explicar que 61% dos entrevistados verificam o desempenho dos investimentos diariamente, e que 27% o fazem semanalmente.

Os outros três grupos com característica de menor diversificação de carteira são compostos por:

  • Day traders, que buscam retornos no mesmo dia da operação e tem, na maioria dos casos, um único produto na carteira. O grupo representa 1% do total da pesquisa “O Brasil que Investe”;
  • Minha conta é meu investimento: responsável por 21% dos entrevistados, o perfil é formado por pessoas que têm interesse por investimento, mas que, por si só, não é suficiente para levá-las a operar. O grupo mantém o capital em conta corrente em instituições bancárias que fazem aplicações automáticas dos valores em títulos de renda fixa. Este tipo de operação, conhecida como “raspa-conta”, por causa de seu caráter automático e recorrente, nem sempre é reconhecida como um investimento pelas pessoas que o utilizam;
  • Fundos imobiliários: 9% dos investidores estão neste perfil que possui mais da metade do patrimônio em produtos vinculados ao mercado imobiliário. Além de aplicarem de modo assíduo em fundos imobiliários (100%), são pessoas que possuem ações (28%) e que investem em CDB (24%) e no Tesouro Direto (8%).

“A pesquisa traz um novo recorte sobre os diferentes perfis de investidores no Brasil. Mais um insumo importante para o mercado trabalhar temas chaves na relação com seus clientes, como educação financeira, alocação de recursos, assessoria e consultoria financeira entre outros. O Brasil já deixou de ser há tempos, o país mono produto, só da poupança ou somente da ação ou do investidor a longo prazo. É o país do Fundo Imobiliário, do Tesouro Direto, das ações locais e internacionais, ETF e BDR, dos produtos de captação bancária e dívida corporativa, dos ativos digitas entre outros, e dos novos investidores, aos sofisticados que diversificam aos day traders.”, diz Felipe Paiva, diretor de Pessoas Físicas na B3.

Conheça outros estudos recorrentes sobre investidores também desenvolvidos pela B3 emPerfil pessoa física | B3.

Sobre a B3

A B3 S.A. (B3SA3) é uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro do mundo e uma das maiores em valor de mercado, entre as líderes globais do setor de bolsas. Conecta, desenvolve e viabiliza o mercado financeiro e de capitais e, junto com os clientes e a sociedade, potencializa o crescimento do Brasil.

Atua nos ambientes de bolsa e de balcão, além de oferecer produtos e serviços para a cadeia de financiamento. Com sede em São Paulo e escritórios em Chicago, Londres, Singapura e Xangai, desempenha funções importantes no mercado pela promoção de melhores práticas em governança corporativa, gestão de riscos e sustentabilidade.

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